E o divino amaldiçoou
Canta Urutau, causa arrepio
Na morte a pancada a primeira besta sorriu
Oh, mãe noite!
Quanto ouro derramado
Esconde o outro no teu passado?
Oh, mãe noite!
Quanto ouro derramado
Esconde o sangue no teu passado?
Quanta sombra, quanto breu
Ocultam a face do diabo na aba do seu chapéu?
Foi nefasto, falso amor
Que arrancou como uma flor
E carreou, carreou
Pra secar no chão do sertão
Oh, mãe noite!
Quanto ouro derramado
Esconde o outro no teu passado?
Oh, mãe noite!
Quanto ouro derramado
Esconde o sangue no teu passado?
Canta Urutau, causa arrepio
Na morte a pancada a primeira besta sorriu
Canta Urutau, causa arrepio
Na morte a pancada a primeira besta sorriu
E o divino amaldiçoou, cada alma vivente ali
E até quem nunca valentou
A salvar uma pequena flor que secou
Olhos de peixe, sempre abertos, secos não fecham
Como a seca que sempre castigou