Lembrei de quando tinha uns 10 anos já fazia muitos planos de plantar e de colher, crescer
Eu tinha de tudo andava descalço, pulava muro, não tinha medo nem do futuro, mas tinha do escuro e do mal
Sabia de tudo, jogava bola, com meu kixute, tomava yogurt na frente dos outros só pra fazer
E construía a minha nave papelão pra voar no meu quintal, de ser espacial especial
A minha nave papelão sai do chão
A minha nave papelão sai do chão
E hoje ando assim tão do avesso quando olho não me reconheço estou com os pés cravados no chão
A vida ganhou em concreto e poesia e o que pra mim nem existia o que é a realidade então
A minha nave papelão não sai do chão
A minha nave papelão não sai do chão