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Confira a Letra Morreria Feliz

Carlos Eduardo Taddeo

Morreria Feliz

Morro feliz se deixar um país onde deputado
Não peça 10 ladrões mortos pra cada gambé assassinado
Só no esgoto da América Latina
Se exige mais matança na assembleia legislativa
Saddam Hussein, das profundezas bate palmas
Com o batalhão que diz que arranca a cabeça e deixa pendurada
Com vários credenciados pra ser chefão apenado
Que fala por vídeo-conferencia pra não ser resgatado
Mesmo se eu viver séculos, chacinador condenado
Ainda vai ter julgamento anulado
Haverá sentença de mil anos pra televisão
E quando a mídia esquecer, absolvição
Na minha partida, não teremos avanços sociais
Simbolizaremos trabalho infantil, bunda, funerais
Ainda seremos clones dos refugiados de Eritreia
Afogados no mar, fugindo da miséria
Descansaria em paz se não catassem AR e AK do quartel
Se não tentássemos plagiar La Casa de Papel
Se prefeito cuzão não vendesse falsos valores
Censurando na Bienal HQ dos Vingadores
É pena, mas nunca vou ver em vida
Promotor que em vez de escória de condenado, busca justiça
Um Judiciário com diversidade, na BEC, no banco
Sem 90% de juízes brancos

Tô na profissão perigo dando a vida pela causa
Sem medo da elite, e seus cães de automática
Se tiver uma vitória contra os genocidas do país
Pode pôr na lápide que o Eduardo morreu feliz

Tô na profissão perigo dando a vida pela causa
Sem medo da elite, e seus cães de automática
Se tiver uma vitória contra os genocidas do país
Pode pôr na lápide que o Eduardo morreu feliz

Tá louco, Eduardo? Botando querosene na fogueira
Assim o Rap não emplaca na TV brasileira
A cara é fingir que mulher não distribui panfleto
Da promoção nessa noite no puteiro
Omitir que as palavras por nós mais escutadas
É: Solta o refém, se entrega e joga a arma
Se depender de mim, promovo o encontro do governador
Com o traficante que ele arrastou
Só de imaginar, o cu do safado tranca
Faz escândalo no hospital pra não ir pra ambulância
Que no futuro a gente não vá no pseudo jornalismo
Atrás de filho enquadrado, desaparecido
Que militante do Face no conforto de casa
Não forme patrulha pra deslegitimar nossas causas
Ler as cartas das crianças da Maré pra tomar um choque
Enquanto até helicóptero atira e pessoas morrem
Veja a bancada rural, da bíblia, bala querendo paz
Com algemado jogado da laje com as mãos pra trás
Se o garimpo tivesse no seu sangue, presidente bosta
Não dizimaria no gueto pedras preciosas
O remorso que eu levaria pro funeral
É não ter atirado no Rolls-Royce presidencial
Evitaria, além da cópia de Hitler no penteado
Também a implantação da ideologia da Gestapo

Tô na profissão perigo dando a vida pela causa
Sem medo da elite, e seus cães de automática
Se tiver uma vitória contra os genocidas do país
Pode pôr na lápide que o Eduardo morreu feliz

Tô na profissão perigo dando a vida pela causa
Sem medo da elite, e seus cães de automática
Se tiver uma vitória contra os genocidas do país
Pode pôr na lápide que o Eduardo morreu feliz

Que a nova geração não mosque no incêndio do coletivo
Mande os passageiros descer, pra ficarem vivos
Não tem lógica afrontar a secretaria de segurança
Com bolha de queimadura em mulher ou criança
Eu vou partir sem o povo ver que é tortura
O vídeo da policia fazendo o menor pedir desculpa
Com os olhos inchados, a boca estourada
Tô gravando pra dizer que amo os heróis de farda
Quando eu voltar, vou pôr crianças nas ruas de terra
Seguirão se desenvolvendo como soldados em guerra
Deitando no chão ao ouvir os ecos da Ingram
Correndo o mais que puder se avistar a ROCAM
Imbecis ainda não verão que quanto mais aprisionam pobres
Mais aproximam suas juntas do serrote
Quero deixar o mundo sem anticristo no parlamento
Sem viciados, que por uma pedra, queimam sua casa com você dentro
Sem médico que não é de Deus, mas abusador
Sem paciente molestada por médico estuprador
O que conforta é que os rappers são tão foda
Que professor usa as letras conscientes na escola
Essa nem Paulo Freire podia prever
Marginalizado virando trabalho escolar, TCC
Se no meu último adeus não tiver caixões brancos infantis
Juro por cada guerrilheiro, que morro feliz

Tô na profissão perigo dando a vida pela causa
Sem medo da elite, e seus cães de automática
Se tiver uma vitória contra os genocidas do país
Pode pôr na lápide que o Eduardo morreu feliz

Tô na profissão perigo dando a vida pela causa
Sem medo da elite, e seus cães de automática
Se tiver uma vitória contra os genocidas do país
Pode pôr na lápide que o Eduardo morreu feliz

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