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Confira a Letra Charla de Vida e Tempo

Estribo de Prata

Charla de Vida e Tempo

A nuvem negra que do norte se aproxima
Compondo rimas no chircal e no alambrado
Vem milongueando com o minuano à trote largo
Reminiscências desta vida campechana

Vejo na estampa deste guapo peão de estância
Todas as ânsias guardadas do seu viver
Pois seu destino foi marcado pelo tempo
Não lhe restando outro jeito pra escolher

(No andar esguio um jeitão de domador
Seus trastes gastos por muitos dias de lida
Vestes puídas bem marcadas pelo tempo
Arrasta espora sem dizer um só lamento)

Ainda moço foi jogado pela vida
Em meio a luta de adaga, lança e garrucha
Somente um poncho lhe servia de guarida
Nas contradanças de peleia, morte e fuga

Endurecido como aço é o seu corpo
Pois foi talhado nas mais barbaras jornadas
Por este guasca não cuidar de seus amores
Os seus pelegos são muy frios nas madrugadas

(No andar esguio um jeitão de domador
Seus trastes gastos por muitos dias de lida
Vestes puídas bem marcadas pelo tempo
Arrasta espora sem dizer um só lamento)

Por ser posteiro e viver nestes fundões
Seu mate é lento e solitário todo dia
Só o perro baio seu parceiro de andanças
Lê faz costado no seu rancho em noites frias

No humilde posto será o fim dos caminhos
Do seu cavalo, o brabo cusco e o rude guasca
Pra não ser tapera nem seu rancho e nem sua alma
Terá mais vida nos violões de alguma tasca

(No andar esguio um jeitão de domador
Seus trastes gastos por muitos dias de lida
Vestes puídas bem marcadas pelo tempo
Arrasta espora sem dizer um só lamento)

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