notícias musicais

top 13 artistas

top 13 musicas

Confira a Letra Tema Bagual N° 2

Gaucho Bagual

Tema Bagual N° 2

Barranquear é verbo xucro
Mais velho que a monarquia
Criado em fodologia
De um modo pampeiro e franco
Pois toda a lingua falada
Tem sua definição
É uma égua num barranco
E um cuera de pau na mão

O costume é muito antigo
Quase da idade da vida
Por alguma recolhida
Pela madrugada clara
Que algum xucro tapejara
Incendiado de tesão
Descobriu a invenção
De equilibrar a taquara

Piá de estância é caso sério
Quando vai ficando homem
Pra não sucumbir de fome
Há de viver de gambeta
Há de encontrar uma teta
Escoro pra cabeçalho
Pra não tronchear o caralho
De tanto tocar punheta

Esta história é de todos
Vou contar, portanto, a minha
Cresci fodendo galinha
No maior desembaraço
Arranquei tanto cabaço
Sem cerimônia e nem prosa
E larguei tanta penosa
Renga de tanto piçasso

Fui galo por muito tempo
Desvirginei muita franga
A piça era uma pitanga
De tanto que trabalhava
Até nem sei que gosto achava
Naquela fodologia
A pobre entrava e saía
Mas porém nunca acabava

Angola, coelho, seriema,
Gansa, marreca, peru,
Tudo passava na púa
Marchando com o fodedor
Uns a ferro, outros a dor
Iam tomando no isqueiro
Nem o galo do terreiro
Escapou por ser cantor

Se escapasse algum arisco
Que me tirasse uma luz
Mas fodi até avestruz
Uma lebre e um bugio
E até a puta que o pariu
Um lagarto desgraçado
Tinha o cú de atravessado
E além disso muito frio

Depois passei pro rebanho
Já transformado em carneiro
E vou lhe dizer parceiro
Muito melhor que galinha
Aquela buceta quentinha
Que dá calor e dá frio
E até deixa um arrepio
Pelo sabugo da espinha

Assim bem despreocupado
A foda é muito gostosa
Maneada como pra tosa
Sentada no pau da gente
Tendo aquela coisa bem quente
Choromingando na piça
Chega dar uma preguiça
De dormir eternamente

Cabra sim, nunca comi
Nem marimbondo tampouco
E dum jeito meio louco
Me enrabei num urubu
Até um sapo cururú
Esculhambei da rabada
Pois nunca errei a estocada
Em bicho que tinha cú

Agora, coisa especial é uma porca
Tendo a gente por cachaço
Bem limpinha e com cabaço
No seco em noite de lua
Ela se encosta e recua
Rebola e salta pra frente
Talvez pensando que a gente
Tem piça em forma de púa

As terneiras do chiqueiro
Também entravam no ferro
E quantas vezes um berro
Soltado de sopetão
Trouxe gente do galpão
Correndo pra ver o que era
Quase pegando este cuera
Meio de guasca na mão

Aí nesse meio tempo
Depois de foder de tudo
Eu já andava cuiudo
Nas éguas de recolher
Bem cedo, ao amanhecer
Ainda na tesão da urina
Eu tinha certo uma china
E fodia a mais não poder

Um barranquito qualquer
Já estava arrumada a foda
Dava uma bombeada em roda
Cuidando de muito jeito
Pra evitar que algum sujeito
Desses que espiam a gente
Gritasse assim, de repente:
- Buenos dias, bom proveito

Onde a mulher escasseia
A coisa pega este rumo
O índio que não tem pro fumo
E não dá pra nada o que ganha
E é por isso que se assanha
Campeando substituto
Nesse velho prostituto
Dos rende-vous de campanha

Certa vez, uma changuita
Me pegou de barranqueio
E me gritou: - Credo, que feio
Cruzes, que relaxamento
Porém me espiei de momento
E vi que ela tava querendo
Só assim acabei fodendo...
Mulher é bicho ciumento
O barranqueio é uma arte
Que exige muita cautela
Tem cada égua cadela
Que a princípio se estaqueia
Vira a cara, nos bombeia
Fazendo que não tá braba
Mas na hora do acaba
Nos dá uma negada feia

Assim termino essa história
Nem alegre nem tristonha
Piçasso, punheta, bronha
Tudo num estilo só
E quem não gostou tenha dó
E vá comer um urubu
Ou deixe as pregas do cú
Na chonga dum burro-chó.

Tracker