Pisa não na minha fulô
Essa dor de não saber onde vou
Pelo vão do mundo vão-se muitos
Muitos pode se fazer mesmo lugar
Pisa não que agora eu estou
Com a mão na mão da minha estrada
Cá com os meus pés de me levar
Me levar por onde a solidão não mata
Nesta madrugada eu vi sumir a ilusão
Que foi levada pelo breve instante
Em que o instante reconhece o fio
De uma razão
O sol é sol e raia Imponente
Quer esteja só, com meu ausente
Quer impere em mim
O curso de qualquer paixão
Pisa não na minha fulô
Essa dor de não saber se estou
Cá com meus bons ventos tropicais
Tanto sal e risco, tanto ritual
Tanto bem saber dos nossos ais
Tanto cai-não-cai de vida bamba
Um dia dança mal, no outro canta
E espanta o pó, o frio
Mal nenhum fazer cursar o nosso rio
