Embaixo das grandes avenidas
Pulsam as artérias de um grande ideal!
Labirinto das estranhas formas de vida
Escoam o esgoto do mundo ocidental
Longe
Longe
São crises que se arrastam
Esperanças que despedaçam
As paredes secretam afluentes
Natureza espúria
Grunhidos das pestes!
Luzes de mercúrio
Direito cafajeste
O focinho torto e o dinheiro entre os dentes!
Longe
Longe
São crises que se arrastam
Esperanças que despedaçam
Pálpebras geladas, olhar indiferente
Enxerga mas não vê a encenação que jaz presente
Erram os corredores, vagam em círculos
Nem buscam respostas prum sorriso inexistente
Soterrados sob leis de chumbo
Superfície onde sombras iluminadas
Executam justos postes em pescoços enrijecidos
Oferecem a Cleópatra aos três poderes!
Baratas sorridentes rastejam em sua perda
A direito os vermes corcundas da tolice