A Peleja Poética Entre Rachel e Alencar

Se achegue! Puxe o fole sanfoneiro!
Seguindo o canto do urutau
Em versos de cordel vem viajar
Mistérios do lendário Ceará
Bravura pra vencer quebrantos
No cancioneiro histórias de amor
Pintando o sertão de alegria
Divina flor
Oh, ilustre menestrel
Das mãos calejadas nasce a vida
Do barro o ouro, alimentar
A arte, o tesouro popular

Ponteia a viola que a festa começou
A esperança compartida em oração
Com as mãos pro céu agradecer
Quem sempre amparou você

A gota que escorre do rosto
Encontra o chão seco e faz brotar
Nascente de uma natureza de rara beleza
Tão singular
Passeio de uma doce melodia
Maravilhas do roçado ao além-mar
As marcas de um povo bordadas no corpo
Rendadas na alma e no peito
Pro mundo nasce o Nordeste
Brasileiro, cabra da peste!

Oh meu amor vamos juntos pelejar
Neste causo misturar forró, samba e poesia
Alumiou essa Avenida
Brilha, União da Ilha!