Na negação estamos condicionados
Perdidos por entre espaços formais de poder
Enquanto o capitalismo transformar a moradia digna
Em um mero produto, o direito a moradia
Será compreendido como um privilégio a ser alcançado
Terras tomadas de assalto, privatizadas
Não cumprem sua função social
Rebento de um descaso estatal
Findados no esquecimento, residem no medo
Cidade para quem?
Vivemos aquém de habitações precárias
O capital nos separa
Vivemos na contingência
Na disparidade real e imperativa
Vivemos na desigualdade, sem recognição
De que somos parte integrante do todo