Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos
E não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência
E ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes
E não tivesse amor, nada seria
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres
E ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria
Às vezes é difícil entender
E me fecho em meu mundo sem perceber
Sinto falta do que é o amor
Dos princípios que ele deixou
A vida vai seguindo sem parar
Já não sobra tempo pra rezar
E depois o que é que vem?
Sem amor não sou ninguém
Meu Deus
O que de mim restou?
Sou pedra sem valor
Numa estrada sem destino
Eu sei
Que mesmo sem merecer
Eu insisto te chamar
Deus do meu amor
O amor é sofredor, é benigno
O amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece
Não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses
Não se irrita, não suspeita mal
Não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta
O amor jamais acaba
Quando chego a noite eu procuro do teu lado estar
E rezo baixinho sabendo que vai me escutar
Meu Deus
O que de mim restou?
Sou pedra sem valor
Numa estrada sem destino
Eu sei
Que mesmo sem merecer
Eu insisto te chamar
Deus do meu amor