Se de repente o Sol parasse de brilhar
E fosse o tempo de parar pra analisar
A vida que eu levei, os tombos que eu tomei
Tantas coisas que eu quis realizar
A juventude faz nos sonhos acreditar
Onde eu parei? Onde eu errei?
E numa porta entreaberta
Eu vejo tudo que passou
A utopia de um poeta
Que acredita no amor
O nosso tempo vai passar
E ninguém vai perceber
Não temos tempo pra esperar
Ajuda de um Deus
Temos tanto pra realizar
E só, depende de nós
Se quisermos transformar
O que é real
Se de repente o Sol viesse me acordar
E a realidade viesse incomodar
Me fazendo ver o que eu não quero ter
Um ano passa e eu não sou mais um menino
Meus vinte e cinco foram passando de mansinho
O que foi que eu fiz? Não sei se fui feliz
Aquela porta está aberta
Falta coragem pra entrar
A covardia de um poeta
Que não tem tempo de amar