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Confira a Letra Heroico Brado (Todas As Profissões)

João D Deus

Heroico Brado (Todas As Profissões)

Todas as profissões de um vagabundo
Sem luxo de escritório, sujo sem lavatório
Vindo de pouco estudo
Na disposição, concurso público
Estudar e um luxo
Menino bom só segue o fluxo

Sem viagens pro States
Na de arrumar um skate
E um tênis forte pra aguentar camelar
Desses que

Se matam pra ter
Não por poder ou status
Que acorda cedo e corre
Sem saber dos boatos

Sonha e não contradiz
Menor aprendiz
Já que sem trampar
Vamos todos morar
Em barris

Visita Paris várias vezes
Na entrega o auxiliar
Pergunta no bar
Onde moram os burgueses

São baldes que calejam quando sobem
Coincidenteme
Pode esconder um descontente
Ordens indiretamente mordem
E por mais que incomodem
Os incomodados que se acomodem

Se não existe glória sem trabalho
E não existe folga pra quem
Faz seu próprio horário
Pra alguns pode ser bala no sinal
Mas bom malandro mesmo
Sabe ser profissional

Perseverar é mão na roda, já dizia
Tudo tão complicado
Causa monotonia
Das simples adversidade
Mais tarde aprenderia, arde
E é cura se covarde
Não arrepia

Sangue, suor e chinfra
Lágrimas dia 30
Salva se algum trinca
Trampo que logo vinga

Pra poder ter uma linda
E prosperar
Pra eles terem onde morar
Conta no banco e não no bar

Tão justo, chega a ser hilário
Sobrevive bem
Dependendo do salário

Mínimo
Sobrevivente, mediano porte físico
Em decorrência dos

Vários abacaxi, salada mista
Bobeou 'hasta la vista'
10 real que ele não pa

Já lutou, já apanhou, já bateu
Na estrada tortuosa
Ganhou e perdeu
De toda a dificuldade
Que já sobreviveu
Pode chamar de herói
Que esse cara mereceu, ó

Vindo do lixo e bem de baixo
Sabe eu acho
Na real é pouco fácil
Ver alternativa

Falta referência no mercado
Um currículo elaborado
Ao marginal
Mata a expectativa

Ter ou não ter?
Mesmo dilema
Carvalho desempena
Pronto pra outro problema

Talento roba a cena
E ninguém para por isso
Governo nunca omisso
Panfleto no showmício, ó

Não cria a regra, joga o jogo
Queima-se em Botafogo
Cordeiro
Pele de lobo vive

Já aprendeu a não subestimar
Pois quem aprendeu a se virar
Não mate
Nem sobrevive do

Mínimo
Sobrevivente, mediano porte físico
Em decorrência dos

Vários abacaxi, salada mista
Bobeou 'hasta la vista'
10 real que ele não pa

Quando pivete da vida
Fazia poesia
Acreditava nos estudos
E na sua verborragia

Cheia de gíria
Vasta verborragia
Aos 17 descobria que sua classe
Só sorria

Quando pro cargo pesado
Passava na entrevista
Promoção era o cargo
De encarrego em vista

De pele negra
Phd em tomar revista
Não roubou aquela VEJA
Mas o polícia roubou a brisa

Sem saber foi pra DP
Quem fala pouco, erra pouco
E até nesses momentos de sufoco
Não tem nada a dizer

Não, não. Desempregado
Desenrolaram um bico
Na biqueira da
Rua de baixo

Mas a sua liberdade
Vale mais do que
O sistema carcerário
Do Estado

Vivendo o veneno
Salário, não tendo
E não se corrompendo mesmo
Vendo o lucro de 100%

Na noite
É só partir pro arrebento
A vida é um momento
E eu não quero viver sofrendo

E o herói é o que
Não teve tempo pra correr, né
Viver pouco como um rei
Ou muito como um Zé

E nem sempre os heróis
São os que vencem a guerra
Péla
Do seu agouro vê se não erra

O lema dele é fera
Viver muito como um rei
E ser
Um diamante na Terra

Não gosta de pirataria
Na moral
Malandro de verdade
Corre pelo certo sendo sempre
Original

Sem trampo e sem dinheiro
Trutão
Não leve a mal
Mas leve está o meu umbral

Inventaram a mentira
Pra aumentar o dólar
Favelado, dedo na ferida
Pois sem correria é cabeça na degola

E essa incógnita
É o que torna a esperança real
Além do capital

Vou continuando indo
E batalhando
Sorrindo suando
Lutando e correndo atrás do

Mínimo
Sobrevivente, mediano porte físico
Em decorrência dos

Vários abacaxi, salada mista
Bobeou 'hasta la vista'
10 real que ele não pa

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