Amores Sortidos

Nesse ponto cheguei não vou ultrapassar
Já subi e desci sobre os donos do lar
Eu prometo que talvez essa seja a última vez
E se cheguei aqui eu não posso voltar
Muita coisa mudou para eu me mudar
E sentir que agora quem fala de uma vez sou eu

E já já vai chover e cadê que não vem
O Pedreira não passa e o Louzada também
Eu não quero subir no Village e lembrar de você

Já nadei no seu rio de loucura e prazer
Já provei do veneno que vens me trazer
E agora o que resta pra dizer que eu já vivi?
Já chutei muito balde e deixei me levar
Já desconsiderei ao invés de brigar
E agora o que resta pra dizer que eu já vivi?
Já sofri no meu canto sem incomodar
Já brilhei no meu palco e ganhei meu lugar
E agora o que resta pra dizer que eu já vivi?

E lá vem o Pedreira, eu já vou embarcar
Acostumei com a volta que ele vai dar
Todo enrolado igual o outro que só me temperou
Bem diferente do Village que já vai de uma vez
Que me aperta e me diz "eu te amo também"
Mas o Louzada diferente do Village não mentia pra mim
Agora eu tenho que esperar o Centro olhar pra mim

Só queria chegar logo em casa pra sair do meio desse temporal
Porque eu não trouxe guarda-chuva
E a água vai molhar todo meu material
Será que o motorista deixa eu pular a catraca na boa vontade?
Porque eu acho que perdi o meu dinheiro da passagem

Já chutei muito balde e deixei me levar
Já desconsiderei ao invés de brigar
E agora o que resta pra dizer que eu já vivi?
Já sofri no meu canto sem incomodar
Já brilhei no meu palco e ganhei meu lugar
E agora o que resta pra dizer que eu já vivi?