Quando o galo canta
O boiadeiro se levanta
Já vai nascer o dia e o sol avança pela fresta do seu combogó
Anita já preparou o café
Um filho seu lhe beija a mão
Eleva uma prece ao Senhor
E vai cumprir o seu labor
E vai à pé
Pisando a terra seca
Ele vai aboiando o gado
Na solidão das cercas abandonadas também
O sino da igreja e o som do apito do trem, já ficou pra trás
Olha o firmamento
Sente o seco vento
E vai em paz
Na curva da cancela ele abraça o trabalho
No amor de quem espera novamente encontrar
Seu oásis moreno
Que da janela espera pra lhe ver
Um lampião aceso à gás
E os pequeninos vindo a correr
Ah! E foi correndo pra casa
Ah! Traz um trocado na mão
Avia tangendo a boiada
Que a noite já vem