Dos martírios da cruz, das suas dores
O Senhor da Verdade, há dois mil anos
Derrama a luz nos corações humanos
E lhes clareia a senda de amargores
É da cruz, dos seus dúlcidos arcanos
Que Ele ampara e consola os pecadores
Aluviões de seres sofredores
Nas estradas de espinhos e de enganos
Perdoa-lhes, meu Pai! Ainda se escuta
No deserto de pedra áspera e bruta
Do Calvário a coroa dos seus atos!
Mas no mundo de carne e sombras mudas
Vê-se o interesse triste de outros Judas
E os preconceitos frios dos Pilatos