SAGGUIZ

Ih, me acorda quando o mundão acabar
Já cansei dessa ânsia de chegar
Me acorda quando for embora
Já cansei dessa brisa torta

Analisando a situação, precária
Tamo no fio da navalha
Anos e planos juntando migalha, fi
No afã dessa vida canalha
Sem perigar da peteca cair
No pique do equilibrista
Tamo na pista
Pra quem não corre junto, mano
Sinto muito mas hasta la vista
Empilhando afazeres ao meu redor
Eu não vejo o tempo passar
Produzindo quilos de coisas que
Eu já não consigo comprar
Tudo bem, vão falar que é o jogo
E eu nunca pedi pra jogar
Mas quando o circo pegar fogo
Os palhaços é que vão gargalhar (ha ha ha ha)

Ih, me acorda quando o mundão acabar
Já cansei dessa ânsia de chegar
Me acorda quando for embora (hey, hey)
Já cansei dessa brisa torta

Nosso ódio é bala no canhão, meu amor é pra quem sabe o que eu sei
Quero uma casa pra cada irmão e uma guilhotina pra cada rei
Aliás, não confunda violência e reação, como Malcolm já diz
E a paz entre nós com essa paz mundial dos discursos de miss
Afiando as navalhas de Okan pra cortar essas bobagens da sua fantasia
Folclore BR tipo curupira, mula sem cabeça e a meritocracia
Mais um passo pra perder o controle, mano, olho por olho nós ficamos cego
Te ensinaram a gostar de marca, só que quando eu for eu vou deixar a minha
Se pularem de cima do ego, esses old money vão morrer de velho
Tô sem tempo pra explicar agora e paciência pra quem faz gracinha
Ontem a noite, mano, eu tive um sonho, uma linda história de final sublime
Vi cada fascista desse mundo véio pendurado tipo Mussolini

Ih, me acorda quando o mundão acabar
Já cansei dessa ânsia de chegar
Me acorda quando for embora (hey, hey)
Já cansei dessa brisa torta

Me acorda quando for embora
Me acorda quando for a hora
Me acorda quando for embora