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Confira a Letra A Balada de Tom Pinel

Nícolas Wolaniuk

A Balada de Tom Pinel

Do duende faminto e da bruxa
Que fariam farrapos de ti
Te guardem os santos
De todos os cantos
Seus espíritos guardem a ti

Que os cinco sentidos que tens
Que eles nunca abandonem teu corpo
Que nunca perdido
Na rua comigo
Tu mendigue uma carne de porco

Eu ainda não fiz vinte anos
E faz trinta que eu enlouqueci
Trancado contido
Num sótão fedido
Por quarenta e tantos vivi

Enquanto eu canto esta balada
Qualquer pão ou pano ou prata
Não se faça de rogada
Tom Pinel não nega nada

Foi lembrando daquela menina
Foi comendo os moluscos da sopa
Por algo sublime
Oh, Deus que me livre
A cabeça está velha e oca

Não dormi desde que a conquistei
Té então eu dormia tranquilo
Cupido malandro
Me achou num recanto
Me acordou e roubou meus vestidos

Minha eterna amada é a Lua
E a coruja tem meu coração
O corvo a cantar
Já vem me acalmar
A tristeza com sua canção

Enquanto eu canto esta balada
Qualquer pão ou pano ou prata
Não se faça de rogada
Tom Pinel não nega nada

Vou até o cemitério dormir
Toda vez que eu preciso de abrigo
Nas noites cruentas
A terra me esquenta
Os fantasmas já são meus amigos

Se não tenho centavos no bolso
E apostei inclusive as calças
Penhoro os cabelos
E as unhas dos dedos
Por um gole a mais de cachaça

Eu sei mais deste mundo que o Sol
Porque a noite quando ele dormia
Eu vi o maior
Dos cães com o menor
Disputando a primeira Maria

Enquanto eu canto esta balada
Qualquer pão ou pano ou prata
Não se faça de rogada
Tom Pinel não nega nada

Um exército só de quimeras
Me escolheu para ser comandante
Eu vou desbravar
Com a lança de ar
Uma América erma e distante

A senhora de negro capuz
Me chamou a jornada extrema
Jurou seu amor
Se com ela eu for
Mas não acho que vale a pena

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