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Confira a Letra Dez Espero

Rafael Madara

Dez Espero

Suas merda, não me afeta, pega a reta
Ou nóis te cerca e te quebra
Eu corto igual navalha, tu queima feito palha
Enquanto nóis se espalha, eu sou a sua falha

Você me disse o que comprar
Em quem devo votar, e até que cachaça eu devo tomar
Cabou a paciência, aqui é resistência
A nossa consciência é a sua decadência

De forma tradicional, você trouxe o mal
Pelo WhatsApp, Facebook e jornal
Sei que deu risada, da gente manobrada
Cabou a palhaçada, sua hora tá contada

Você não quer minha cultura, meu povo amargura
A falta de estrutura, que vem da escravatura
Eu não sou seu bicho, pra viver nesse nicho
Mas com muito capricho, vou te jogar no lixo

Agora é hora do contrário, de mudar o cenário
E pra quem quis tirar a gente de otário

Você vai ver, oprimido empoderado
Pobre bem informado, erudito favelado

Me deixou numa bolha obrigado a escolher
Ou eu baixo a cabeça, ou não vou ter o que comer
Silenciado, ameaçado, sigo revoltado, o que é teu tá guardado

Querem manter o povo preto, sempre invisível
Cala o que a gente fala, sempre que possível
A pior nota, na gente ele bota, faz luta de chacota, criticando cota

O que eu passo sorrindo, chorando cês não guenta
Com preto é assim, 111 ou 80
Ôh seu cabaço, não sabe o que eu passo
Se informar pelo face e Instagram é muito fácil

A realidade do pobre, acredita saber
Mas sua mente pequena, não permite se envolver
É como eu digo, emprenha de ouvido
Sabe do perigo, de viver onde eu vivo

Do conforto do seu lar, muito fácil falar
Jurista de internet, valentão de celular
Afogado na sua mediocridade
Repete frase feita e ignora a realidade

Seria fácil te quebrar aqui no mundo sensível
Mas você se esconde no inteligível
Do conhecimento você mantém distância
O seu alimento é a ignorância

Cê sabe bem do que é que eu tô falando
Ideia que nasce do medo, não é segredo merda acaba dando
Na Alemanha, por medo e desinformação
O ódio e o preconceito se espalhou pela nação
E algo parecido, é claro, aconteceu aqui
Até denúncia séria é taxada de mimimi
A dor do outro, agora é algo que nos atormenta

E a pátria que era amada, hoje é só violenta
E a classe média se vestiu de verde e amarela
Medo que o condomínio virasse uma favela
Rezou pra que a crise não te empurrasse do abismo
Sem tempo pra pesquisar, se baseou em achismo
E esse meio é um prato cheio pra o oportunismo
Operação padrão do capitalismo
Um grupo sujo de lobistas e especuladores

Determinam o fracasso e
O sucesso de setores
Enquanto isso na massa, a bagaceira tá feita
Verborragia vazia, esquerda contra direita
Em 4 anos vai acontecer tudo de novo
Briga por interesses, esquecendo do povo
Perdidos, seguimos cortinas de fumaça
Com esse costume podre de inventar ameaça
Tu não conhece o vilão, você só imagina
Ele não tá na favela vendendo cocaína
Quem é que cria a crise? Quem cria a violência?

Faz presidente olhar pra ele e bater continência
Eu tenho paciência e quero contribuir
Querem nos controlar, mas não vão conseguir
A minha arma é microfone e revolta
O que vocês tomaram, é claro que eu vou pegar de volta
Eu que não quero que isso aqui fique só no discurso
Conhecimento é nosso armamento absoluto
Trabalhador organizado alinhando a mente
Alinha os imperialista e descarrega o pente
Que esse papo brabo não tire seu apetite
Eu vou te alimentar com a carne da elite

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