Entre os laços dos seus dedos
Me escondo tão incerto
E sou pego na armadilha do seu ar
No seu hálito me perco
Em sua carne me encerro
À sua barba retornei, meu lar
O meu verso tem seu cheiro
A textura do seu pelo
A firmeza da sua pele ao te tocar
O meu fabuloso erro
Todo bom que vale o medo
Submeto-me sem hesitar
Menino, essa canção te tateia como a minha mão
Menino, eu me salvei nos seus dentes, sua virilha e pés
Menino, todos os dias o sol nasce
Pra te revelar, te constatar, te verter
Minha retina só enquadra você
Minha pele no toque te lê
Eu existo ao te apreender