Entre Cinzas

[Guga]
Minha sequela no jogo tá foda
Pensando em subir com os dois pé na porta
Buscando a revolução
Viso o que acontece no nosso mundão
T [a feio bagulho ta macabro
Líder de governo dando golpe de estado
Capitalismo corrompendo a história
Desse Brasil que ta na degola
A mudança pode pa que é de dentro
É o que todos da quebra espera
Ao lamento recente, buscando a solução
Sem sustento e o tormento
E conviver com esse leão

Flexiono minha letra no caderno
Absorvendo conteúdo inédito
E sigo na minha tranquilo, fazendo o que posso
Escrevendo sobrevivo
Poderio e diversos conflito
A ONU e os cuzão corrompido
Ajuda pra África, fora de quesito
A fome lá mata e não tem o cano da arma
Pra virar o jogo nessa terra devastada
Paro, penso, reflito meus atos
E o que tá escasso além do custo de vida
Sem vida digna direto de Sampa, Diadema, Z/S
Um salve pros 13 na noite macabra

Aqui o barato é loco, sequela em pauta
E a policia dando tapa sem autonomia
Se expondo à rajada e à política da pala

Tô suave, lamentável a cena
Qual cabimento destinado pra bosta do sistema
Que projeta passos em meio ao caos da cidade
Não honrando a conduta e imperando falsidade
E na fronteira faz fila
Só nota malote, segura o porte
O trafico é forte, contato ligou
Aciona o civil, que tá no B.O.
Confere as carga dinheiro no bolso
Olha só, moço, movimento tá certo
Baixa as porta e cada um faz seu corre

E nesse bolo de money
Vadias querem o que consome
Dinheiro vem fácil, evapora no espaço
E meus pensamentos não fica escasso
Às vezes paro e observo a terra
E o que ta na tela sempre foi óbvio
Usando o consumidor, para consumo próprio, mano

[JV]
12 meses, 12 horas pra falar, mano
O tempo até percorre e cê não sai nem do lugar
Tamo observando as lorota se falando
Mas eu sei de mili anos que isso aí não é governar
De onde eu vim pode pá, onde mentes querem voar
Onde a revolta mesmo é os manos se matar
Por não ter outra opção a não ser a reação
De que só um tropeção irá prejudicar
Se marcar, vão te levar, se ficar, cê vai tentar, pô
Só uma ideia já atrapalha os de lá

Representa nossa gente e quem entende
Ganha a frente pra derrubar o pa
Que se julga inteligente, praga que espalha
A mágoa te arrasta pra vala, ó

E se não entende
Monstro sugando seu bolso
No rosto o esboço
Feliz, sorridente, farsa

[Vitão]
Paro um pouco, penso e reflito
Que esse mundo não vai mudar
Que alimentamos o nosso espírito
Com ódio sem ao menos precisar
Tudo isso culpa do governo, mano
O governo nunca vai mudar
Tudo isso culpa do sistema, mano
Mas eu não vou me deixar levar
Não vou falar da polícia, mano
Só porque sou da favela
Aliás, vou criticar a polícia, mano
Tenho orgulho de fazer parte dela
No enquadro é sem massagem
Procurando tatuagem, quase tira nossa roupa
Oprimindo nossa liberdade
Sem ao menos dever pros coxa
Vários bico tentando atrasar, mas aí
Não arruma nada (nada)
Se não tem habilidade, não entra pra jogar
Tem que ter a mente blindada
Tô focado nos progresso tudo
Em busca de um futuro brilhante
E eu sigo inquieto nessa caminhada constante
Não pago simpatia, tô no progresso
Para mim e para os meus
Coisas fáceis, eu não quero
Só o que Deus me prometeu

Tudo que faz vai ter volta
Essa revolta já deu, mano

Tudo que faz vai ter volta
Essa revolta já deu, mano

Tudo que faz vai ter volta
Essa revolta já deu, mano

Tudo que faz vai ter volta
Essa revolta já deu, mano