Será que eu existo?
Pra tanta face pálida
No chão e sem abrigo
Pra molhar minh'alma árida
Será que eu existo?
Em selva de concreto
No chão e sem teto
No cinzento indiscreto
Indigente eu sou aqui
Será que eu resisto?
A tanto olhar que me esconde
A tanto querer que eu tombe
Beijo amargo da boca do monte
Será que eu resisto?
A tanta indiferença
Faz falta minha crença
Já que em mim ninguém pensa
Indigente eu sou aqui