Mëbengôkrê
Inhum-djkê
Kaiapó, kaiapó, kaiapó
Mëbengokrê
Tambores dos guerreiros nhiacricapim
Ribombam pelo céu ardente dos valentes kayapó xikrin
Koykwá, koykwá-kraí hei! Hei!
Sobre vós a névoa se esvai
Sobre vós se revelarás
A temida e sombria atmosfera ao nhoí
A infinita teia da aranha, cairá sobre tí
Asas flamejantes do ser gavião
Guiam o destino do novo xamã
Nhyrumkwá, o mundo dos mortos
Irás enfrentar as feras ossificadas
Ventos uivantes, lobos-guará com presas de jaguar
Sobre o nevoeiro da escuridão
Trovões relampejam
Eis inhum-djkê – a morada
Do gavião
Guerreiro xikrin, o que tu fazes aqui?
Eu vim me tornar o wayangá do meu povo
Maracás, batuques, tamurás
Conduzem as garras da grande rapina
Pra te perfurar, te perfurar
Para se tornar o senhor dos xamãs
Xamã, xamã, xamã animalítico
É a luz, é a dança é a cura é o rito
Mëbengokrê xicrin
Psicodélico xamã!