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Confira a Letra Front (part. Nocivo Shomon)

Vietnã

Front (part. Nocivo Shomon)

O que a gente tem diante dos nossos olhos, não dá muita esperança no futuro
Daqui, eu vejo a polícia tirando a dignidade de pais de família
Daqui, eu vejo o Estado, transformando pessoas que poderiam dar bons frutos
Tá ligado, em pessoas frustradas

Eu não julgo, entendeu, monstro?
Não precisa ser nenhum expert ou superdotado ou estudado
Formado em alguma coisa pra saber que tá tudo errado
Pra saber que tão abusando da gente
Isso tem que acabar monstro
Aqui quem fala é Vietnã
Favela pede Paz!

Fugir do problema queria só paz, mas não
Vivo a ferro e fogo agora sem proteção
Tava enferrujado, mas ainda era oitão
Ainda disparava e agora o que eu faço me fala, pra matar elefante na sala

Lá vem pesadelo é época de eleição
Nós no descabelo progresso sem previsão, jão
Torço pro meu filho também não virar ladrão
Opção tem vaga, nem sempre se ri de piada, nunca que justifica nada

Eu entrei pro jogo claro que foi pra vencer
Meu flow é um nojo, esgoto exposto é o que? Hã?
É tanta injustiça e sangue nas suas mãos por não fazer nada
Já troca de música, parça, que esse é um tapão na sua cara

Se curte a favela da tela da sua TV
Faz nada por ela, tô pra perguntar por quê
Tudo no seu tempo já que o foco tá em você
Que nunca fez nada, mais vale sua roupa lavada, que uma criança agasalhada

Negue minhas palavras, fingindo ser gente decente
Diz que representa a quebrada, não entende o problema da gente
Quebrada fábrica de ouro, só falta liga da corrente
Político tomando coro, se nós se juntar sai da frente

Pode até recusar minhas palavras, mas vamos mandar seu presente
C4 com laço de fita, pelos que morreram indigente
Vingança é uma droga maldita, vicia quando se aprende
Ou é retalhado ou retalha, prefiro estar um passo à frente, frente

Sangue na taça, cidade sem coração
Instinto de caça, pilantra não passa, pega visão
Que morre de graça, pé de breck na emoção
Fica de vacilação, vai virar fumaça jão

Sangue no chão, mãe que chora quando vai o filho
Na noite bruxa o inimigo que puxa o gatilho
Amigo na madruga é bala, maldade no pente
Quem vai salvar senzala? Quem vai escravizar a mente?

Veneno na água, se não mata deixa doente
Onde o povo exala mentira mas acha que a verdade que vem da tela é quente
Que saiu da vila, que morreu na vala
Teu aliado no crime é o talarico na sala

Não sou vidente mas eu sei que vai chover
É lamentável e a favela vai alagar
A tsunami são os porcos no poder
Se o brilho é só ouro fica fácil de apagar

Me diz quem vai pagar a conta da verba que sempre some
Vocês no jato morrendo de tédio roubando milhares que morrem de fome
No governo tem tirano, nas biqueira tem hospício
Onde mais se paga imposto pra não ter o benefício

Mete o loco no comício, vida fácil tá difícil
Cansei comer dos meus ossos, pra eles são ossos do ofício
Pichação no edifício, traição que vira vício
Rico tirando cadeia, tipo NAIA é difícil

Esse é o clima propício pra lembrar o trabalhador
Pra falar da nossa dor, do racismo no outdoor
Quem odeia pela cor não quer te ver vencedor
No verso libertador, quebrada open the door

No deserto não tem flor, só espinho de Bangkok
De ju 12 no walk talk muita droga no estoque
Confiança só na Glock, olha os bolado no toque
Morreu tentando ficar rico sonhando com a vida de estrela do rock

Não negue minhas palavras, fingindo ser gente decente
Diz que representa a quebrada, não entende o problema da gente
Quebrada fábrica de ouro, só falta liga da corrente
Político tomando o coro, se nós se juntar sai da frente

Pode até recusar minhas palavras, mas vamos mandar seu presente
C4 com laço de fita, pelos que morreram indigente
Vingança é uma droga maldita, vicia quando cê aprende
Ou é retalhado, ou retalha, prefiro estar um passo a frente, frente

Hey djow, qual é o atalho dessa condição?
Quem financia nossa munição?
Quem controla a informação?
Escapa ladrão, vaidade, ambição

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