Ele era um viajor
Desses que buscam estrelas infindas
Nos desertos das próprias ilusões
Era apenas um sonhador
Fugido do grande fogo árduo
De tantos e mais dragões!
Ele era um desbravador
De seus próprios mundos bravios
Na procura incessante
D’alma gêmea e um desafio
Estar com ela todo o eterno
Em apenas pequeno instante
E agora? O que lhe resta
Nas florestas rudes do infinito?
Pois o momento mais triste
É sempre o fim da festa
O voltar depois da descoberta
E uma seta indicando em riste
Nunca mais seria o mesmo
De longe e sempre com ela
Lembrará amiúde ao respirar
Ao dormir irá sonhar
Com a pessoa mais bela
Que trilhou por seu olhar