Cansou, parou, sumiu
Desfantasiou, depois sorriu
E então olhou e viu
Que ta tudo abismo
Sentado, parado, calado
Mal acostumado sorriu lembrando
O quão covarde ele era
Que não aceita a primavera
Que ta chegando no portão
Para os ratos se esconderem
Aflitos, tão frágeis, calados no porão
E então chorou, lembrando
Do tempo que passou sonhando
E tudo que viveu esperando
Uma nova era...
E agora aceita a primavera
Que já passou do portão
E agora está gritando:
"Fora" no meio da multidão
É a primavera do sertão
E então chorou, lembrando
Do tempo que passou sonhando
E tudo que viveu esperando
Uma nova era
E agora aceita a primavera
Que já passou do portão
E agora está gritando:
"Fora" no meio da multidão
É a primavera do sertão