Eu ouço a cidade girando, eu tenho pressa,
Eu espio as pernas passando por entre as frestas,
Eu corro rápido para vencer os automóveis,
Eu giro no ar para controlar a inércia
Do espaço que redunda e pára o tempo à minha volta,
Dessa força moto-contínua que acelera minha revolta
E expõe minhas partículas a sutis formas de desintegração.
Ninguém atende o telefone,
O fim não chegou até agora.
Já passa das dezoito horas
E tudo ainda está no mesmo lugar!
Catolicismo high-tech,
Juventude fake- plastic-hi-fi,
Ilusionismo anti-corruptivo,
Apocalipse na sala de estar.