Peões a postos cravada ira
Sangue, suor, carnificina
E as peças tombam descartadas
Sorria a vida é quase nada
Aqui, morte não é escolha
Sem nome ou rosto, um animal
A esperança é o que nos resta?
Um samba enredo de carnaval
Santos, loucos e seus pecados
Imperativos selecionados
Símios e homens atormentados
Será que somos civilizados?
Aqui, morte não é escolha
Sem nome ou rosto, um animal
A esperança é o que nos resta?
Um ano inteiro de carnaval
Bem e o mal
Circo e pão
Não há razão
Não há perdão
Matar, morrer
Ganhar, perder
E apodrecer na escuridão
Como um câncer a se espalhar
Não mais que um verme a rastejar
Com o tempo a dor desaparece
E o medo define a prece
Aqui morte não é escolha
Sem nome ou rosto, um animal
A esperança é o que nos resta?
Um ano inteiro de carnaval
Bem e o mal
Ciclo em vão
Não há razão
Não há perdão
Matar, morrer
Ganhar, perder
Apodrecer na escuridão