A sombra, o medo, o mar, a morte
A esperança a nos levar
Caminho escuro, passo torto
Com os ventos do Norte
A Lua esgueira a escuridão
Num lapso evanescente
De um imenso prazer
Abram águas, nos deixem passar
A trilha das sereias no sertão do entremar
Nos deem licença, rainhas do mar
Somos passageiros, mas confesso
Que até penso em ficar
A fome e sede já não sinto
Não aguento respirar
Destino incerto, claro oposto
De onde quer que eu olhe
A rua agora é um tapete
Em ladrilhos de corais em fio
Sob o Sol da manhã
Abram águas, nos deixem passar
A trilha das sereias no sertão do entremar
Nos dê licença, mãe Iemanjá
Somos passageiros, mas confesso
Que até penso em ficar