Águas do rio, paradas
No eu peito tão cansado
Espelho das madrugadas
Onde eu vejo o meu passado
Quis fazer uma viagem
Numa onda que desmaia
Mas fiquei ali na margem
Abandonado na praia
Horas paradas no tempo
Do meu viver tão errante
E neste meu desalento
Vejo-te em sonho distante
Ancorei minha fragata
Nesse rio tão esquecido
Mas a saudade me mata
Por não poder ter partido
Desde manhã ao Sol-pôr
Sem ti não sei que fazer