Nasceu na cidade de Ianhuma
No município de São Paulo
Um nobre descendente de italiano
Por nome Leonildo Sack
Canhoto perdoa os toques de artista
Presentes que o bom Deus lhe reservou
E lá em Cafeara Paraná
Os dons de cantar, compor e tocar
No jovem talentoso se aflorou
Na linda londrina formou um trio
Por nome canarinhos do sertão
Rosinha e no meu ombro não chorou
Registra suas primeiras gravações
Mudou-se em 57 pra São Paulo
Pra explorar seu dom de compositor
Uniu-se a Ted Vieira e Palmeira
E o nome Léo Canhoto adotou
Passou a viajar com grandes astros
E com muitos suas canções gravou
Algumas com Tião Carreiro e Pardinho
Outras com Jacó e Jacózinho
Com o Nilton César perdão Senhor
Com o José Augusto sergipano
Gravou o Engano do Carteiro
O Milagre do Ladrão com Zilo e Zalo
Que foi sucesso no Brasil inteiro
Formou a sua dupla em 68
E o sertanejo revolucionou
Acrescentou metais e eletrônicos
Nas vestes, nos cabelos renovou
A jovem dupla de cabelos longos
Já no primeiro disco estourou
Lida Estudante, a praia, carne e unha
Soldado sem farda triste calado
Quem será que a Colina do amor
O pingão, e o apartamento 37
Gaivota e o Jack matador
Meu velho pai que o último julgamento
Sucessos que pra sempre o consagrou
Filmaram ainda o filme chumbo quente
E um DVD que a história coroou
Mas no final de 2018
Pra sempre a dupla se separou
Uniu-se Léo ao cantor Dino Santos
Com quem seu último CD gravou
Talvez pressentindo final por perto
Nos deu álbum divino Pai Eterno
E em 2020 nos deixou
Perdemos nosso Leonildo Sack
O Léo Canhoto que o Brasil amou
Por certo está sentado em seu banquinho
Que em versos para nós tanto cantou
Senta aqui neste banco
Pertinho de mim