Cruzando a fronteira entre o inferno e o céu
Já disse que eu vim contemplando o abismo
Trazendo na mente uma pá de problema
E umas rima sadia que eu fiz de improviso
Mesmo tando certo eu vim perseguido
Sendo observado de longe e de perto
Eu quero minha paz e minha tranquilidade
E alguns me querendo lá no cemitério
Eu sinto a maldade a espreita no ar
E o vento aqui sopra rumores de guerra
Sigo na esperança de dias melhores
Tenho presságios de uma nova era
Eu morro pedindo a paz da favela
Eu torço pra esses menor viver livre
Eu torço pra queles quem torce por mim
E quero vocês bem distante de crise
Se eu penso existo meu mano eu entendo
Nem todo mundo por mim tá torcendo
Enquanto eles fala meu corre é trabalho
Enquanto eles chora eu tô vendendo lenço
Se eu quero eu consigo eu posso eu venço
Eu vim eu venci só que mais eu almejo
Eu superei todas as fita com o tempo
E vim te conceder apenas um desejo
Me chame de gênio ou me chame de bruxo
Só não vem dizer que não nasci pra isso
Me chame de fraco ou me chame de bruto
Alguns me chamaram de anjo caído
Eu celebro a vida pois já andei morto
De trava nos olhos tipo um zumbi
A estrada era escura fria e solitária
E eu rodeava e vagava ali
Não desacredita mas deixa eles rir
Eu vim do nada conquistando tudo
Vinhemos do pouco conquistando muito
Igual divindade devoro seu mundo
Deus perdoe as pessoas ruins
Igual disse didico
Ceilândia favela igual as ruas do Queens
Meu Mano eu me dedico
Nas ruas da sul vim fazendo feitiço
Falei pra vocês não depende de sorte
Peço pelas vidas dos nossos meninos
Pra que em esquinas não cruzem com a morte
Eu sei que a fé de dona Ana é forte
Já livrou de tiro de grade e de bote
Perdoa veinha pela cocaína
E se em minhas feridas eu joguei Corote
Coração sangrando da sul até a norte
No peito batendo igual beat de funk
Trago no ombro o peso das almas
E umas poesias escritas com sangue
Trago na coleira desejos da carne
E a insanidade que nasceu comigo
Nessa caminhada olhei tanto pro nada
Que eu hoje eu sou o próprio absmo
Brindando até às derrotas na arena
Notei que importante é tentar várias vezes
E mesmo caído eu subi o olimpo
E voltei coberto com o sangue dos deuses
Mil na direita e 10 mil na esquerda
E os lobo da tropa ileso seguindo
Uivando a vitória me chamo fenrir
Com o sangue de Odin pingando dos caninos