Muros de liberdade, blocos de vaidades
Memória e cimento fresco riscou secou e seu
Apreço por desapegos, pois nada daqui e meu
Contribuo só com presença a essência do que sou eu
Astucia não representa vantagens entre os meus
Usar o sensitivo tornar-me menos nocivo
Violento, compulsivo, com você, com ela, comigo
Quase sempre e sem motivo pra falar que um venceu
B.A.B.A competitivo, aqui no plano de Deus
Amigo contra o amigo desde que você nasceu
Acredito no que faz sentido, sentido no que acredito
Acho o mundo bem bonito, mas não quero dar sentido
Quando faço eu limito aquilo que me quer ver grande
Moises abriu o mar? Pra passar o povo atlante
Prefiro o questionar, com meus pés ir adiante
Se só o ter valorizar o ser se torna irrelevante
Enquanto o gado trabalha os porcos engordam
As formigas carregam migalhas, da sobra das sombras
Destilar o veneno canalha do mestre das cobras
O honrado porta a espada, o emocionado se corta
Enquanto o gado trabalha os porcos engordam
As formigas carregam migalhas, da sobra das sombras
Destilar o veneno canalha do mestre das cobras
O honrado porta a espada, o emocionado se corta
Plantação de gafanhotos, inseminação de escrotos
Admirável gado novo como outro já escreveu
Pintando realismo na era do abstratíssimo
Moldando com cinismo o vaso único que sou eu
Cada átomo e exclusivo tem a própria assinatura
A lei que não aceita esquema como a viatura
O retorno imediato mais rápido que uma fatura
Com o nascer da consciência morrera toda postura
Cairão as estruturas junto ao piso que te atura
Cada qual com a sua cultura chega dessa ditadura
Do manicômio e sua loucura, racionando a doçura
Querem nossa curvatura semeando amargura
Usam métodos de tortura, vergonha, moral, penúria
Com remédio você flutua esquece até da luz Lua
E a noite fica escura por mais nada se procura
Deixamos de existir pra seguir a partitura
Enquanto o gado trabalha, os porcos engordam
As formigas carregam migalhas, da sobra das sombras
Destilar o veneno canalha do mestre das cobras
O honrado porta a espada, o emocionado se corta
Enquanto o gado trabalha os porcos engordam
As formigas carregam migalhas, da sobra das sombras
Destilar o veneno canalha do mestre das cobras
O honrado porta a espada, o emocionado se corta
Ei o inverteu o valor?
O eu o valor inverteu?
Ei o inverteu o valor?
O eu o valor inverteu?
50 reais a onça. A garça e $5
Ocas por prédios e ternos nos índios
$100 a garoupa. $20 e o mico
Vestiram roupas naquilo em que acredito
$10 e a arara. $2 a tartaruga
Trocaram questões raras por verdades absolutas
Estrela de ponta cabeça na moeda de um real
E hoje o bode vem de brinde na caixa de cereal
Escolas do governo, o número do PI não está inteiro
Na história índio e escoria, ? Anchieta e o guerreiro?
Guarani chegou primeiro desse sangue sou herdeiro
O sabia não vem ao mundo pra cantar só por dinheiro
Enquanto o gado trabalha os porcos engordam
As formigas carregam migalhas, da sobra das sombras
Destilar o veneno canalha do mestre das cobras
O honrado porta a espada, o emocionado se corta
Enquanto o gado trabalha os porcos engordam
As formigas carregam migalhas, da sobra das sombras
Destilar o veneno canalha do mestre das cobras
O honrado porta a espada, o emocionado se corta