Computar a dor é dureza, é dureza
Computar a flor é beleza, é beleza
A palavra vai escancarar
O desejo de ser e de se revelar
A cabeça vai sintonizar
Tudo que faz viver e vai vibrar
Os olhos irão decifrar
O que a boca não sabe explicar
As costas irão se virar
Pra tudo que não vale a pena se dar
O sexo vai imaginar
O prazer de te scanear
E a poesia vai concretizar
Os lábios que eu quero beijar
Computar a dor é dureza, é dureza
Computar a flor é beleza, é beleza
Computar a dor é dureza, é dureza
Computar a flor é beleza, é beleza
A dança vai comunicar
O que o corpo insiste em perguntar
Por quem ergues tua taça?
Por quem esperas lá na praça?
Por quem? Por quem?
Computar a dor é dureza, é dureza
Computar a flor é beleza, é beleza
Computar a dor, computar a flor
Computar a dor, computar a flor