Sem ter pressa na jornada
Vou tocando meu berrante
Com a alma atormentada
Por alguém que está distante
Ela deixa enfeitiçado
Sua boca é tentação
Nos seus braços o agrado
Linda flor do meu sertão
Vou rompendo o meu caminho
Sob a poeira deste chão
Muito triste, tão sozinho
Com a boiada no estradão
Logo adiante na porteira
Eu reconto minha talha
Mas ela é sempre a primeira
Que na mente não me falha
Eu assim vou vaquejando
No meu cavalo alazão
No meu berrante chorando
As mágoas do coração
Vou pensando na morena
Nos seus beijos divinais
No sorriso de açucena
Seu amor me rouba a paz