Saí tocando a boiada
No sertão de ouro fino
Parei na cruz da estrada
Daquele pobre menino
Que eu dia o boi matou
Quando abria a porteira
Este fato aconteceu
Naquela terra mineira
Eu repiquei o berrante
Em homenagem ao menino
Que ali, há muito tempo
Cumpriu o triste destino
Aquele anjo inocente
Que morreu na flor da vida
Deixando triste e sozinha
A mãezinha tão querida
Passei naquela porteira
Que ainda está fechada
Presa num velho mourão
Bem no meio da estrada
A história é conhecida
Daquele boi assassino
Que tirou covardemente
A vida deste menino
Isso já faz muito tempo
E ainda é comentado
Este caso doloroso
Que abalou todos os estados
Perdeu-se um criança
Dessa tal triste maneira
Ninguém até hoje esquece
O menino da porteira