Toda vez que eu chego em casa
É aquela brigaiada
A mulher é muito brava
Mas em mim não mete medo
Me chama de garrafão
Me xinga de cachaceiro
Ainda não percebeu
Por qual a razão é que eu bebo
Tem cara de sapatão
Parece uma assombração
Devia ter tomado todas
Quando pedi sua mão
Depois que eu vi um litro
Eu acho tudo bonito
E fico cheio de paixão
Enfrento essa jararaca
Só quando estou de cara cheia
Vejo nela uma claudia raia
Mas na verdade a coisa é feia
A cara dela assusta
Mas com pinga fica perfeita
A pinga dá coragem
E eu vejo miragem e prego fogo
Mas quando eu saro e vejo aquilo
Do meu lado eu saio em disparada
Vou encher a cara beber de novo