Eu estava em um trem, num caminho traçado
O destino era certo, tão habituado
Pelas janelas, a cidade se movia
Tudo comum, na sua monotonia
Mas um branco, invadiu meu olhar
E o cenário, começou a mudar
Montanhas como os Alpes, paisagens de paz
Mansões no horizonte, um verde sem igual
Mas pra onde, o trem vai me levar?
Será que essa paisagem, pode me enganar?
Nem tudo que é belo, aponta pro céu
Às vezes o fim, é um destino cruel
Por caminhos de beleza, eu passei
E a calma aparente, por instantes, abracei
Mas o coração, começou a inquietar
“Qual o destino? Onde vou chegar? ”
No fim da linha, desci pra ver
Busquei respostas, mas pude entender
Nem tudo que reluz, é o lar do bem
Pois até a beleza, pode ser desdém
Mas pra onde o trem vai me levar?
Será que essa paisagem pode me enganar?
Nem tudo que é belo aponta pro céu
Às vezes o fim, é um destino cruel
“Bem-vindo ao inferno”, o letreiro dizia
O falso paraíso, revelou a agonia
Acordei em prantos, sentindo o temor
E clamei a Deus, por sua graça e amor
Senhor, guia meus passos, minha visão
Que eu nunca confunda, brilho com salvação
Nem tudo que é belo, vem do teu altar
Às vezes, é engano, que tenta encantar