Olhe minhas mãos, estão tão frias, castigadas pela noite passada
Tal como o meu coração, a minha alma estraçalhada por morar nas calçadas
Quem é a minha mãe, que me deixou num desses becos com lixo na calçada?
Eu valho de alguma droga?
Pra suportar minha dor, esquecer quem eu sou
Nesse piso molhado, sinto a força do inferno me puxando pra baixo
No desespero eu gritei pelas ruas
Me leve pra casa, me leve pra casa!
Muita gente aqui passa e lançam uma moeda
Acham que isso só basta
A esperança que eu tinha, investi numa pedra que até hoje me traga
Agora a fome me arrasa
Mas amanhã isso passa, amanhã isso passa
Sob o céu existe um corpo aqui
Que não é imune a dor, que sente frio e desconhece o verdadeiro calor
Que adoece e não tem hospital, frequentemente passa mal
Ser humano somente, sem nome nem digital
Quem é a minha mãe, que me jogou num desses becos com lixo na calçada?
Eu valho de alguma droga?
Pra suportar minha dor, esquecer quem eu sou
Nesse piso molhado, sinto a força do inferno me puxando pra baixo
No desespero eu gritei pelas ruas
Me leve pra casa, me leve pra casa!
Muita gente aqui passa e lançam uma moeda
Acham que isso só basta
A esperança que eu tinha, investi numa pedra que até hoje me traga
Agora a fome me arrasa
Mas amanhã isso passa, amanhã isso passa
Sob o céu existe um corpo aqui
Que não é imune a dor, que sente frio e desconhece o verdadeiro calor
Que adoece e não tem hospital, frequentemente passa mal
Ser humano somente, sem nome nem digital (2x)