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Confira a Letra Nação / Aquarela do Brasil / O Mestre Sala Dos Mares (Montreaux 1983)

João Bosco

Nação / Aquarela do Brasil / O Mestre Sala Dos Mares (Montreaux 1983)

Dorival Caymmi falou pra Oxum
Com Silas tô em boa companhia
O céu abraça a terra
Deságua o rio na Bahia

Dorival Caymmi falou pra Oxum
Com Silas tô em boa companhia
O céu abraça a terra
Deságua o rio na Bahia

Brasil, ô ô
Brasil, ô ô

Jeje, minha sede é dos rios
A minha cor é o arco-íris
Minha fome é tanta
Planta flor, irmã da bandeira
A minha sina é verde-amarela
Feito a bananeira

Ouro cobre o espelho esmeralda
No berço-esplêndido a floresta em calda
Manjedoura d'alma
Labarágua, sete quedas em chama
Cobra de ferro, Oxumaré
Homem e mulher na cama

Brasil, ô ô

Jêje, tuas asas de pomba
Presas nas costas com mel e dendê
Aguentam por um fio
Sofrem o bafio da fera
O bombardeiro de Caramuru
A sanha da Anhanguera

Jêje, tua boca do lixo
Escarra o sangue de outra hemoptise
No canal do mangue
O uirapuru das cinzas chama
Rebenta a louça, Oxumaré
Dança em teu mar de lama

Dorival Caymmi falou pra Oxum
Com Silas tô em boa companhia
O céu abraça a terra
Deságua o rio na Bahia

Dorival Caymmi falou pra Oxum
Com Silas tô em boa companhia
O céu abraça a terra
Deságua o rio na Bahia

Brasil, meu Brasil brasileiro

Ah! Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado

Cantar de novo o trovador
À merencória luz da Lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa Dona caminhando
Pelos salões, arrastando
O seu vestido rendado

Esse coqueiro que dá coco
Aonde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar

Oi, essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a Lua vem brincar

Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil, terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De me olhar indiferente

O Brasil, samba que dá
Para o mundo se admirar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor

Brasil, terra de Nosso Senhor
Brasil, terra de nosso amor

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu

Conhecido como navegante negro
Tinha dignidade de um mestre sala
E ao acenar pelo mar da alegria das regatas
Foi saudado no porto, pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas jorravam das costas
Dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro gritava (o quê, gente?)

Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais

Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais

Mas, Salve!
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais

Mas faz
(Muito tempo)

Discografia