Teu corpo que faz indecências à umbra
Que tinge de sangue o enluará
Devasso me rendo à força volúpia
De gozos a vida se faz
Desavergonhado num domingo incomum
Tu acenas obscenidades num frisson
Abre em fogo o canto, o riso, a rosa e o luar
Sujo o teu sorriso com a seiva atlântica
Geme o céu que assiste
A transa, a foda transversal
Meu desejo queima
Em chama rosa carnaval
Pela noite corre
O cio escorre pela mão
Esse canto diz
Do nosso signo em leão
Meu desejo tem um norte
Consumir você
Te virar pelos avessos
Te fazer gemer
Considero a minha sorte
Bagunçar você
Desfazer os teus avessos
Te fazer tremer