Porteira aberta, café no fogo
Mato crescendo no quintal
Viola no ponto, afinada
E na porta, o embornal
Vontade de ver o mundo
Conhecer outro lugar
Porque pode ser agora
Ir-se embora e não voltar
Porque pode ser agora
Ir-se embora e não voltar
Laê, laê
Laê, laê, leiá
Laê, laê
Laê, laê, leiá
Ponteado do violeiro
Só faz doer, só faz chorar
Como os olhos da serpente
Que encantam pra envenenar
Saudade do que já foi
Saudade do que vai chegar
O sol traz de volta a viola
Que a lua soube roubar
O sol traz de volta a viola
Que a lua soube roubar
Laê, laê
Laê, laê, leiá
Laê, laê
Laê, laê, leiá
Cantador sai quando a noite chega
Só volta com a lua indo embora
Na casa de um bom violeiro
Quem manda mesmo é a viola
Na casa de um bom violeiro
Quem manda mesmo é a viola
Laê, laê
Laê, laê, leiá
Laê, laê
Laê, laê, leiá