Quem não conhece
A vida simples de um caboclo
Quem não conhece o dia a dia no sertão
Tudo começa antes de raiar o dia
Tirando leite e cuidando da criação
Uma orquestra de passarinhos cantando
Café fresquinho bem quentinho no fogão
Papai juntando suas tralhas de serviço
É mais um dia de trabalho no sertão
Vejo seu vulto pela fresta da janela
Caminhando rumo a serra pra cuidar da plantação
A chuva fina desce céu molhando a terra
É sinal de mais um ano de fartura no sertão
Casinha simples de madeira bem cuidada
Uma rede na varanda, uma viola pra tocar
Nos fins de tarde a família se ajuntava
Todos tinham do trabalho uma história pra contar
E é assim a minha vida aqui na roça
E é assim o dia a dia no sertão
São poucas linhas pra falar de uma beleza
É preciso muito mais do que três versos e um refrão