Ah!, Mariaaah
Hoje é silêncio, amanhã é dor
Cada lágrima carrega um pedaço de amor
A rua tá vazia, o luto tá no ar
Mais um rosto que a gente viu partir sem voltar
Sangue no concreto, histórias interrompidas
Quem vai contar as vidas que foram perdidas?
Olho pro céu, mas a resposta não vem
Por que tanta injustiça? Onde tá o bem?
Eu carrego na voz o peso de quem ficou
Cantando por quem foi, pela dor que ficou
Hoje temos a perda, amanhã o choro
Mas no meio dessa guerra, eu ainda imploro
Que a vida seja justa, que o amor nos guie
Porque na escuridão, a esperança ainda brilha
No rosto da mãe, a saudade transborda
No peito do irmão, a revolta não se acorda
Cada esquina tem um nome que foi apagado
Mas na memória da favela, ele é lembrado
O relógio não para, mas o tempo é cruel
Leva nossos sonhos, transforma o doce em fel
Mas enquanto eu viver, vou lutar pra mudar
Porque o amanhã precisa de um novo lugar
Hoje temos a perda, amanhã o choro
Mas no meio dessa guerra, eu ainda imploro
Que a vida seja justa, que o amor nos guie
Porque na escuridão, a esperança ainda brilha
Se o chão treme, eu me mantenho de pé
Pra cada queda minha, tem um verso com fé
Minha arma é a palavra, meu escudo é o som
Vou gritar por justiça até o último tom
Hoje temos a perda, amanhã o choro
Mas no meio dessa guerra, eu ainda imploro
Que a vida seja justa, que o amor nos guie
Porque na escuridão, a esperança ainda brilha
Hoje é o luto, amanhã é a luta
Na batida do coração, a verdade é bruta
Sou a voz de quem cala, o grito de quem some
Carrego no peito cada dor, cada nome