Eu me calo o tempo todo
O tempo todo é solidão
Eu não caminho com ninguém
Meu coração é um caminhão
Mas já não posso desistir
Tão pouco eu penso em odiar
Saturno: Prova e expiação
Meu carma eu devo aceitar
Quebraram as minhas pernas
Arrancaram as minhas mãos
Eu não consigo ser eu mesmo
Eu não consigo respirar
Não importa o que eu quero
Só o que me obrigo a suportar
E eu que tinha tantos planos
Vivo agora a obrigação
De ser um meia boca vivendo em resignação
Amargura e nostalgia
Renúncia e devoção
Resignação
Renúncia e devoção