Nasceu curvada entre gritos e espinhos
Num lar que negou lhe o pão e os carinhos
Bruxos a tomaram moldaram seu ser
Roubaram lhe o ventre e a alma o poder
Mas mesmo caída do chão se ergueu fez se feiteceira jamais se rendeu
Com olhos que ardiam em noites sem fim
Yennefer marchava com dor e cetim
Na corte dos reis ela tem seu destino
Com feitiço pactos e um vinho divino
Mas por trás da beleza do orgulho e da voz
Havia uma menina a gritar por nós
Desejou ser mãe mas o preço era alto
Pegou com silêncio com olhar em caldo
Em cada batalha em cada traição
Buscava em espelho sua redenção
Entre o fogo e o medo ela não se desfaz
Feiteceira caída mas nunca em paz
Chora em silêncio mas não se rende
Pois mesmo em ruína sua luz transcende
Conheceu o lobo um homem sem paz
E nele encontrou o que o mundo não traz
Mas o amor deles era feito de espinhos
Seguiam caminhos que não tinha nenhum
E então veio seria a criança do cãos
E Yennefer a viu com olhos leais
Fez se mãe sem guardinha do temor
Protegeu com a vida com água e amor
Foi traída mil vezes por homens por sorte
Mas nunca se entregou-se de todo a morte
Quem só derrotou deixou cicatriz
Ergueu-se das ruínas com uma atriz
Na fúria dos deuses no fim do perdão
E Yennefer ainda ofereceu até um coração
E por siri e por gera por tudo que crê
Fez se humana outra vez só para os proteger
Entre o fogo e o medo ela não se desfaz
Feiteceira caída mas nunca em paz
Chora em silêncio mas não se rende
Pois mesmo em ruína sua luz transcende
Feiteceira, Demônio, mulher ou lenda
Quem a viu de perto jamais se arrepende
Pois mesmo ferida, mesmo a sangrar
Ela escolheu amar e continuar