Me lembro bem
Dos tempos de criança que eu passei na roça
Tantas coisas que eu vivi lá no meu sertão
Ribeirão de água limpa que passava lá
Dava gosto a gente ver, dava gosto a gente olhar
Na curva da estrada, uma poeira vermelha
Logo a chuva escorria no meio do nosso cafezal
Sentado na varanda, eu vi que o mundo pode ser melhor
Nos conselhos de meu pai
Que o mundo pode ser melhor
Quando o amor e a saudade chegam num galope doido e levantam poeira
Aquece a alma e acalma o descompasso
Deste indomável coração
Aquece a alma e acalma o descompasso
Deste indomável coração
Eu tenho sim, uma alma rural
Mesmo aqui nesta capital, neste arranha-céu
Estou ligado no rádio, ouvindo as cantigas de viola
Ligado no rádio, ouvindo as notícias de lá