O tempo esconde tantas histórias
Nas linhas de um velho diário
São as Relíquias da memória
Marcando um grande centenário
De quando a viola tocava
E a música que se escutava
Trazia uma grande lição
Pois Quem ouvia chorava
E junto do cantor, cantava
Quando chegava o refrão
Tantos anos se passaram
As coisas então mudaram
Só restaram recordações
Das histórias que ficaram
Que outros tantos já contaram
No passado, de dois corações
Quando nasceu um sentimento
Um amor que não teria fim
Que hoje se afoga no sofrimento
E segue ardendo, dentro de mim
Mas eu ainda bem me lembro
Daquela moça que conheci
Foi bem nas festas de Dezembro
Que uma carta, eu a escrevi
Nesta carta eu fiz o pedido
Declarei todo o meu amor
Mas eu nunca fui respondido
Só restou um coração com dor
Mas hoje, quando eu encontrei
Num antigo baú de madeira
Muitas lágrimas eu derramei
Sobre aquela velha poeira
Eram pingos de um amor esquecido
Sobre aquele papel já rasgado
No rascunho branco envelhecido
Da carta que eu tinha guardado
Escrita a mão com o nome dela
É sobre o papel uma flor amarela
Morta e apagada pelo tempo
Marcando o fim daquele sentimento
Só ficam então as lembranças
Que o passado deixou como herança
Pois os nossos caminhos se dividiram
E nossos olhos nunca mais se viram
E talvez nunca mais irão se ver
Nem se tocar em desejo tão terno
Fica somente a envelhecer
Aquela folha velha de caderno
Pois hoje, quando eu encontrei
Num antigo baú de madeira
Muitas lágrimas eu derramei
Sobre aquela velha poeira
Eram pingos de um amor esquecido
Sobre aquele papel já rasgado
No rascunho branco envelhecido
Da carta que eu tinha guardado
Escrita a mão com o nome dela
É sobre o papel uma flor amarela
Morta e apagada pelo tempo
Marcando o fim daquele sentimento